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Á cerca de 3 semanas tive a oportunidade de ver um documentário sobre a II Guerra Mundial (neste gajo o pós Guerra), um tema que os leitores mais assíduos já sabem ser muito do meu interesse. Neste caso, este episódio retratava a história de alguns refugiados nazis, que fugiram da Alemanha depois da derrota frente aos Aliados, mais concretamente dois deles que passaram a viver na Argentina (ao que parece o destino preferido de vários para se esconderem da justiça).
Recomeçando as suas vidas do zero e com nomes falsos, estes dois ex oficiais nazis viviam uma vida tranquila até um grupo de jornalistas ter começado a investigar aquilo que parecia ser um surto de refugiados nazis na Argentina. Depois de alguma trabalho de pesquisa e observação do dia a dia destes dois indivíduos, decidiram apostar forte neste assunto/documentário e tentar desvendar as suas verdadeiras identidades e levá-los à justiça. Para isso, contaram com a colaboração de uma cadeia de televisão de renome e de um dos seus jornalistas mais conceituados da altura.
Foi então engendrado um plano para abordar estes dois alemães e de os tentar levar a confessar os crimes que haviam cometido no passado. A parte mais curiosa, a meu ver, de toda a história, é que não só estes dois homens agora serenos e pacatos eram mesmo os sanguinários militares da II Guerra Mundial como ambos acabaram por, com maior ou menos dificuldade, admitir que a sua identidade era falsa, confirmar o seu nome alemão bem como, apesar de com algumas reservas, as suas funções durante a liderança de Hitler. Mas admiti-lo de uma forma digamos que, rendidos às evidências dos crimes que tinham cometido (ainda que desculpando-se que apenas cumpriam ordens) e passando uma imagem forte de arrependimento e tristeza por um dia terem sido pessoas que, felizmente, actualmente já não eram.
No final da história, fica a referência de um deles ter acabado por voltar a fugir e não mais ser visto e o outro ter sido presente a tribunal mas absolvido dos crimes a que foi julgado o que levou a enormes ondas de contestação, como é natural.
Esta é apenas mais uma história em que existe um sentimento de redenção de alguém que cometeu erros no seu passado mas que com o passar do tempo, mesmo que com algumas desculpas, conseguiu perceber o mal que tinha feito a pessoas inocentes e que não mereciam o tratamento que lhes deram. Não significa que se deva desculpar, mas esta redenção pessoal parece-me ser pelo menos o caminho para um pouco mais de paz de espírito e de tranquilidade para a sua própria consciência. Não é a solução, mas é algo que a meu ver se deve valorizar. Na medida do possível...
Saudações Blogueiras
"Cause even the impossible
9 meses de gestação após a concepção de um feto,
primeiro de muitos dias que esta tua vida te promete,
respiração com choro pa consolo dos papás,
olhar voraz de quem já sonha com o que um dia serás,
capaz de tudo mas pa já capaz de nada,
somente um rapaz parecido com o papá de cara,
com o génio da mãe mais alguém que o identifica,
numa parecença extrema que membro da extensa família,
porque tu és nascido mas não és bem recém,
és a criança que brinca e já comunica bem,
1º amigo no recreio filha da amiga da mãe,
cresce contigo, jardim escola e pa primaria também,
já tens 6 anos e vês que nada é o que tu vês,
tudo tem que ter resposta na altura dos porquês,
que se arrasta vida fora vai criando a tua história,
como a surra que apanhaste na praxe da preparatória,
só gente grande garante a protecção agora,
só tens que ser aceite pelos mais velhos da escola,
no primeiro ritual selecção natural na vida,
e aprendes praticando Darwin em teoria,
tudo tem fascínio e agora tens um novo interesse,
a pita do 6º B que não te vê nem merece,
nesse coração partido só sobra espaço po esboço,
do rosto causador do primeiro desgosto amoroso,
mas algo se aprende e é importante que tu vejas,
que hoje partes corações enquanto brincas com teenagers,
crescido bem parecido há sempre uma que te liga,
e mostra o sexo oposto pra lá de um beijo com saliva,
e, foram-se os três uma vez de quarto é certo,
quadro se repete enquanto houver um quarto aberto,
que a juventude é isto e proibido ser diferente,
o tempo é garantido e tens de ser inconsequente,
E a vida segue, embala, numa voz que te acalma
Num sussurro de esperança que te cansa e que te cala
E avança, não pára, não espera, não fala
Não dá sentido a nada e tu não consegues chamá-la
E a vida segue, embala, numa voz que te acalma
Num sussurro de esperança que te cansa e que te cala
E avança, não pára, não espera, não fala
Não dá sentido a nada e tu não consegues chamá-la
Velho demais pa ser puto puto demais pa ser cota,
universitário esperto num curso onde o velho gasta a nota,
longe de casa dos amigos entre livros e borga,
com noção que o futuro se perde ou se transforma agora,
mas, decides hoje o que não vais viver depois,
com essa mulher que amas e com planos de vida a dois,
recém formada aliviada primeiro emprego oficial,
primeira queca em casa nova e gravidez acidental,
mas, mas é bem vinda existe amor de mãe,
bebé fofo com o teu rosto cresce hoje e é um fedelho,
mas o milagre da vida traz tragédias consequentes,
o ciclo que reside e vês-te a enterrar parentes,
próximos ou mais distantes antes queres vinte cinco,
com uma família nova e uma menina a caminho,
consegues ser tudo e agora bules mais horas por dia,
garantes que quem tu amas tem tudo o que precisa,
por vezes trinta com mais dez e mais problemas há frente,
um filho quase formado e uma filha adolescente,
a meia idade avança e tu não viste metade dela,
confortável com o que tens só tens que saber lidar com ela,
o bule cansa onde é espaço das influencias,
casamento não dá mais mas vai mantendo as aparecias,
um dia uma semana um mês um ano seguido nisto,
passam cinco, sete, nove e foram dez que tu não viste,
mas acordas frente ao espelho que não mente quando reflecte,
o teu rosto velho que é beijado pelo teu neto,
reforma bate há porta e agora tens tempo para tudo,
para zelar pela família pa passar tempo com o puto,
pa passear, pa respirar a liberdade,
de quem vive de quem é livre de quem só faz que tem vontade,
e amanhã mudas de vida porque a tua vida te cansou,
mas antes de nascer o dia o teu coração parou!
E a vida segue, embala, numa voz que te acalma
Num sussurro de esperança que te cansa e que te cala
E avança, não pára, não espera, não fala
Não dá sentido a nada e tu não consegues chamá-la
E a vida segue, embala, numa voz que te acalma
Num sussurro de esperança que te cansa e que te cala
E avança, não pára, não espera, não fala
Não dá sentido a nada e tu não consegues chamá-la
Saudações Musicais