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Não é, de facto, um filme fácil. Senti-o de perto, pois das restantes quatro pessoas com quem fui ver o filme, nenhuma gostou do filme. Eu confesso que, não me tendo deslumbrado minimamente, achei-o interessante, principalmente por aquilo que me tinha levado a ir ver o filme - a condição humana posta a prova.
Como já li noutro sítio, este filme do brasileiro Fernando Meirelles, baseado na obra de José Saramago, vai dando "socos no estômago" do espectador, pela forma como poê a nu a debilidade do ser humano quando este é confrontado com adversidades com as quais não está a espera. Tem algumas cenas muito fortes, apesar de ser na globalidade um filme algo parado e que acaba por se centrar muito rapidamente no local onde os afectados pela "cegueira branca" passam a viver, fechados no que parece ser uma quarentena eterna.
A história mostra-nos que em determinados situações, em que somos pressionados por algo que nos é estranho, podemos agir de forma totalmente inesperada e revelar uma faceta nossa até agora totalmente desconhecida. É por isso, na sua essência, um filme para reflectir. Sobre quem somos, o que queremos ser, o que devemos exigir aos outros e o que devemos exigir a nós próprios. E demonstra a necessidade de ter uma perfeita noção da realidade. Porque efectivamente, mais cego é aquele que não quer ver!
Saudações Cinematográficas