por TM, em 17.12.05
Foi na passada Quarta-Feira que voltei a ter conhecimento de novos problemas no INP. Desta feita, era o jornal Diário Económico que dava conta de problemas a afectarem este estabelecimento de ensino, como redução de pagamento de meses de trabalho, entre outros, aos seus docentes. Estes problemas afectam obviamente os alunos. Não há volta a dar. A problemática que volta a surgir é a mesma de sempre - a Associação de Estudantes devia ou não dar "um murro na mesa"? Vou ser sincero, provavelemnte devia, mas falando por mim, Presidente da Direcção, não sou um revolucionário e acho que à formas de fazer as coisas e formas ponderadas de actuar. Atirar qualquer problema para a esfera de acção da Associação é tão somente retirar a responsabilidade que cada um de nós terá. Não vou nunca fugir às minhas responsabilidades, saiba também cada um não fugir às suas.
Ponho a mão na minha própria consciência e digo sem temores que devia fazer mais pela Associação. Mas acho que é facilmente preceptível que não é fácil fazer mais do que aquilo que se faz, com as condições que se tem, e com todo um cansaço que vai crescendo.
Aqueles que não percebem que o INP vai bater no fundo são apenas visionários e iluminados fantasistas. Interessa é aceitar a queda e ajudar a levantar esta Instituição, para que não fique para sempre no abismo em que parece destinada a cair.
Aqueles que falam como donos da verdade fazem lembrar um qualquer dirigente desportivo. Antes de ser Presidente compra todos os craques do mercado e promete uma reabilitação financeira e títulos. Quando vence pede tempo...Também eu peço tempo mas nunca prometi comprar guerras só porque alguns alunos o acham o mais correcto.
Por todos estes acontecimentos e por considerar que não consigo dar aquilo que a Associação precisa, ou pelo menos aquilo que alguns alunos (bem ou mal) pedem, já há muito tomei a decisão de cessar funções no final deste mandato. Não saiu nem magoado, nem triste, saiu de cabeça erguida, orgulhoso e triunfante, por ficar para sempre ligada a história desta Instituição da qual me orgulho de fazer parte, o INP! Talvez uma pessoa mais revoltada e agressiva deixa-se todos mais contentes, comprando guerras e tumultos com tudo e todos. Mas sou umas pessoa de diálogo, de compreensão, e por isso não contem comigo para tais coisas.
Termino com uma frase do professor Rasquilha, que estava ao pé de mim quando tive contacto com a notícia do Diário Económico (após alguém perguntar o que podiamos fazer, para além de espalhar a notícia) - "Nada...!"
PS: Endosso daqui todo o apoio aos professores que bem o merecem. O resto é conversa, pois são eles que verdadeiramente sentem a crise e são obrigados a tentar ultrapassá-la! Obrigado a todos pela vossa luta incansável...por todos nós, alunos do INP.
Saudações Universitárias
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